Embrapa e Sindicato Rural proporcionam grandes conhecimentos na 49ª Expoagro

Aconteceu no auditório do Parque de Exposições João Humberto de Carvalho na manhã desta terça-feira um evento resultado da parceria entre a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias) e o Sindicato Rural de Dourados que proporcionou grandes conhecimentos aos produtores rurais, pesquisadores e estudantes da plateia.

Três palestras ministradas por pesquisadores da Embrapa salientaram a importância de conceitos no manejo de produção, como o combate às ervas daninhas e a ministração correta de agrotóxicos, pesquisas a cerca de novas cultivares e a busca pela não dependência aos transgênicos.

À frente dos assuntos estiveram o doutor Germani Concenço e o doutor Carlos Lásaro Pereira de Melo, pesquisadores da Embrapa Agropecuária Oeste, e doutro Paulo Evaristo Guimarães, pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo.

Na palestra “Plantas daninhas resistentes a herbicidas”, Germani Concenço salientou várias técnicas de manejo que podem combater principalmente duas plantas que preocupam produtores pelo Brasil: a buva e o capim amargoso.

Germani salientou que os dois tipos de ervas daninhas são problema em todo o país, mas com maior recorrência no Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul. Estas ervas, segundo o doutor, estão cada vez mais resistentes à herbicidas, seja por condições de panorama da aplicação ou por mutações genéticas.

Dentre os estudos apresentados, Germani ressaltou que é necessário fazer um manejo do solo adequado, às vezes com a mescla de culturas – como o trigo, que prejudica esse tipo de planta -, fomentando a cobertura do solo e aplicando herbicidas em fases pré-emergentes. “É muito melhor plantar em um campo sanado de plantas daninhas do que deixar para combate-las depois”, disse.

Germani fez questão de ressaltar que o pouco cuidado no combate a esse mal nas lavouras é motivo recorrente para aumentar o custo da produção e o uso indiscriminado de agrotóxicos. “A regra do combate às plantas daninhas é manejo, manejo, manejo, e se necessário, herbicida. Isso deixa a produção mais barata e não torna as plantas cada vez mais resistentes, ocasionando o uso de agrotóxicos cada vez mais fortes e menos eficientes”, disse.

Em seguida, o doutor Carlos Lásaro apresentou a palestra “Programa de melhoramento da Soja Cultivance”. A cultivar é um produto que está há cinco anos sendo desenvolvido pela Embrapa para tornar o uso de soja convencional mais amplo e seguir prerrogativas do mercado mundial. “A China, por exemplo, que importar um terço de soja convencional na próxima safra”, disse.

A soja Cultivance já apresentou recentemente resultados positivos e esteve entre os patamares recomendados. “Aos poucos fomos aperfeiçoando a cultivar, e por ser um trabalho relativamente novo tem resultados muito bons”, disse. O trabalho desenvolvido, porém, precisa de aprovação dos importadores de soja, e uma variedade de herbicida, produzido paralelamente à soja Cultivance, o Soyvance, seja liberado para uso no Brasil. A estimativa é que essa soja seja cultivada na safra de 2015 e 2016.

Por fim, a palestra “Programa de criação de Cultivares de Milho não-transgênico” apresentou o trabalho da Embrapa Milho e Sorgo, com o pesquisador doutor Paulo Evaristo Guimarães.

A programação de palestras segue na manhã desta quarta-feira com o I Simpósio de Equinocultura, nos temas de reprodução equina, criação de cavalos e cavalos atletas. À tarde, acontece o 13º Simpósio de Suinocultura, nos temas mercado da carne suína, produção de suínos e avaliação de carcaças por ultrassonografias.Foto: DHE Produçõeslegenda: Na palestra “Plantas daninhas resistentes a herbicidas”,Germani Concenço salientou várias técnicas de manejo que podem combater principalmente duas plantas que preocupam produtores pelo Brasil: a buva e o capim amargoso


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Leilão,show e apresentação cultural hoje na 49º EXPOAGRO em Dourados